O maior carnaval do mundo, praias bonitas, gente simpática, paixão pelo futebol. Se não fosse tão pequeno (e mais resolvido que em uma série de questões sociais e econômicas), o Uruguai bem que podia ser confundido com o Brasil.
O país, que faz fronteira com o Rio Grande do Sul, é o segundo menor entre os sul-americanos e o terceiro menos populoso.
Quanto ao maior carnaval, o quesito não é grandiosidade, mas quantidade de dias. Por lá, a folia começa no fim de janeiro e vai até março. São quase dois meses de desfiles nas ruas e apresentações nos palcos montados pelos bairros, onde os grupos expõem visões satíricas de situações do país e do mundo, além de fazer apresentações musicais.
A batucada é ao som do candombe, um ritmo local feito com tambores que parece uma mistura do axé baiano com o samba.
Mais da metade da população uruguaia vive na capital, Montevidéu. Uma cidade cortada pelo rio da Prata, com uma rambla (avenida na orla do rio), um mercado famoso pelos seus restaurantes de asado (o churrasco uruguaio) e a Ciudad Vieja, bairro histórico com atrações como o teatro Solís e a Plaza Independencia.
Se a capital não tem um mar de verdade, a costa oferece opções para perfis variados. Da chique Punta del Este a simples e exótica Cabo Polônio, passando pela tranquila Piriápolis, pela hippie Punta del Diablo ou pela preferida dos surfistas, La Pedrera.
Colonia del Sacramento é muito visitada por turistas que vão a Buenos Aires porque é a cidade mais próxima da capital argentina na margem seguinte do Prata. Dá para ir de uma a outra, de barco, em apenas uma hora.
E por que ir até lá? Porque Colonia é uma gracinha, tem vários pontos turísticos interessantes como a Puerta de la Ciudadela, a muralha, o farol do Convento de São Francisco, o Muelle Viejo e ainda produz um queijo local, que começou a ser feito por imigrantes suíços, muito valorizado no país.
Sabe aquela história de venda de maconha liberada? Esqueça. Estrangeiros não podem comprar. O Uruguai é um país progressista, mas ordeiro. Foi o primeiro a legalizar o divórcio, o segundo da América a conceder direito de voto às mulheres, o primeiro sul-americano a legalizar a união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas é tão avesso a confusões e ao tipo errado de atenção externa que boa parte dos gastos militares é com as forças de paz da ONU.