Entrevista: “A melhor experiência da minha vida foi na ELC Bristol”

Paola Alexandre, cliente da Central do Estudante, compartilha o processo preparatório + suas vivências durante um curso de 3 meses no Reino Unido

25 jul 2019 ·

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“Foi a melhor experiência da minha vida, sem sombra de dúvida”.

Foi com essa frase que Paola Alexandre iniciou o bate-papo que resultou nesta entrevista para o Blog da Central do Estudante. Em 2018, ao concluir o curso de direito, Paola viu que o momento era propício para fazer um curso de inglês no exterior.

Nesta entrevista você saberá mais sobre o processo pelo qual passa um estudante internacional. E, tão importante quanto, vai conferir as dicas da Paola para começar, você também, a se preparar para embarcar numa viagem que promete mudar a sua vida e a sua visão do mundo.

Paola Alexandre ELC Bristol

Paola, em frente à Catedral de Wells, durante passeio por Somerset

Paola, por que você decidiu estudar no exterior?

Meu pai sempre me incentivou a fazer um intercâmbio e se preparou financeiramente para essa etapa da minha vida. Quando concluí o curso de Direito, na faculdade, comecei a estudar para fazer concurso. Ao mesmo tempo dava monitoria de inglês na Cultura Inglesa. Chegou um momento em que comecei a ficar desmotivada e resolvi que queria fazer algo diferente. Falei sobre isso com o meu pai e foi aí que ele me perguntou se não era a hora de dar uma pausa na rotina e estudar fora. Isso aconteceu em novembro de 2018, quando decidi procurar um curso no exterior.

Do momento em que começou a pensar em estudar fora até a hora de embarcar, quanto tempo se passou?

Em novembro comecei a procurar o curso. Por volta do dia 13 de dezembro fechei com o Tiago, da Central do Estudante, para viajar no dia 17 de fevereiro para o Reino Unido. Iria estudar na ELC Bristol, cuja cidade, Bristol, está a apenas 2 horas de trem, de Londres. Tudo aconteceu muito rápido e foi só a conta de tirar passaporte para embarcar. Como não precisava de visto, o processo foi ainda mais fácil e rápido.

Por que você escolheu a Central do Estudante?

Na Cultura Inglesa da Cidade Nova, onde eu dava monitoria de inglês, há uma filial da Central do Estudante. Conversei com o Tiago que foi muito solícito. Pesquisei em outras agências especializadas, mas de todas, a Central do Estudante foi a que me ofereceu o melhor atendimento e as respostas mais rápidas. O Tiago entendeu exatamente o que eu queria: o tipo de escola, a experiência, o tipo de cidade. Ele viu exatamente o meu propósito e me apresentou a melhor escola de todas as que me foram mostradas. Fiquei muito feliz com o atendimento do Tiago e da Central do Estudante pois eles identificaram toda a minha expectativa. Ficou muito claro para mim que tinha de ser a Central de Estudante a agência que me ajudaria a realizar a viagem.

A partir daí como foi o processo?

Comecei obtendo o passaporte porque esta também foi minha 1ª viagem ao exterior. Em seguida começamos a olhar as cotações para comprar as libras esterlinas, a moeda local. Depois foi a vez de comprar as roupas adequadas para o frio, a mala, e me preparar psicologicamente. Eu sou muito apegada a minha família e aos meus amigos. Apesar de querer muito fazer o curso, tudo era muito novo para mim e por isso a importância desse preparo psicológico. Em determinado momento fizemos uma viagem de férias, de apenas uma semana, para descansarmos de todos os preparativos, o que foi muito bom.

Paola Alexandre ELC Bristol

Curtindo um passeio em Bath

Você, de alguma maneira, passou por um choque cultural ao se ver diante de uma cultura diferente da nossa?

No geral eu não passei por nenhum grande choque cultural. Talvez a comida tenha sido o que mais senti como diferente. Eu tinha poucas opções para escolher: comida asiática, sanduíche, ou comida cara. No início comia muito sanduíche, mas depois passei a comer comida tailandesa que era deliciosa e mais saudável. Ainda assim sentia falta de outras opções. Eu tinha saudades do tempero brasileiro. No mais posso dizer que me adaptei muito bem, inclusive com os costumes e com as pessoas. Achei-as muito alegres e boas.

No começo eu me perdia e usava um mapa, dado pela ELC Bristol, para me orientar. Muitos moradores, ao me verem olhando o mapa, paravam e perguntavam se eu precisava de ajuda. Todos eram muito educados e você aprende isso também. Lá, se você tropeçar sozinha você diz: sorry! E todos eram muito compreensíveis também quanto ao fato de você não saber falar inglês.

Como você foi recebida na ELC Bristol?

Muito bem. Na chegada, eu perdi a minha conexão e, ao invés de ir para Bristol, tive de ir para Londres. Minha chegada em Bristol estava prevista para o meio-dia de domingo e eu cheguei apenas às 3h da manhã de segunda. O responsável da ELC Bristol pelo processo de acomodação entrou em contato comigo, me esperou chegar e me apresentou à acomodação da escola, antes de ir para a residência onde iria morar. Às 9h da manhã desta mesma segunda eu tinha uma prova de avaliação que já estava agendada e, apesar de cansada, tudo transcorreu muito bem, porque toda a equipe da ELC Bristol foi muito agradável e gentil. Eu poderia descrevê-los como sendo muito família. Eles se preocupam com você o tempo todo, querem que você se sinta realmente bem. Eu não sabia o nome de todos da equipe, mas todos me chamavam pelo nome e sabiam até o meu sobrenome. Isso fez toda a diferença para mim.

Outro ponto importante foi a organização e o cuidado da ELC Bristol ao me receber. Eles me deram uma pasta com documentos variados, entre eles, os contatos da escola e contatos de emergência; fotos individuais da equipe com os respectivos nomes, funções e o que cada um poderia fazer para me ajudar. E foi apresentada a todos eles. Logo na minha chegada tive um passeio guiado pelas redondezas, onde me mostraram as ruas, os locais onde poderia almoçar e onde ficava a outra unidade da ELC Bristol, que é bem próxima. Já os professores são muito, muito didáticos. A ELC Bristol é excelente. Os pais que são muito preocupados com os filhos podem ficar tranquilos pois eles cuidam dos alunos como uma grande família.

E já que estamos falando em família, como foi sua experiência na casa de família?

Minha experiência incluiu 2 casas de família. Na 1ª, fiquei com uma senhora que me recebeu bem, mas eu não me sentia muito confortável, talvez por achá-la um pouco fria. O pessoal da Central do Estudante já havia me preparado para uma relação mais independente, diferente da que eu tenho em minha casa. Somado ao conceito que temos, de que a cultura britânica é mais fria, tentei me adaptar. Só que com o passar dos dias, meu incômodo não desapareceu. Não havia praticamente diálogo entre nós e o rádio ficava ligado o tempo todo, talvez, imagino eu, para o silêncio não ser ainda mais constrangedor. Foi aí que decidi pedir para mudar de casa.

O processo de mudança foi rápido?

Foi muito rápido. Eu conversei com a escola e eles, de prontidão, já marcaram uma entrevista para que eu pudesse conhecer minha nova família. Assim que cheguei já achei tudo maravilhoso. Era uma família muito alegre, que ajudou a transformar o meu curso em uma experiência sensacional. Estar com eles fez toda a diferença.

Paola Alexandre ELC Bristol

Em Londres, com os colegas

Como era a sua rotina diária em Bristol?

Eu tinha aula todos os dias, de 9h15 até 12h45, quando começava o intervalo do almoço. Eu ia com os meus colegas de classe para o centro de Bristol onde almoçávamos e era o tempo perfeito para comer e retornar. Às 14h recomeçavam as aulas que terminavam as 15h30. Na sexta-feira, na parte da tarde não tínhamos aula. Sábado era dia de programa social na escola, quando aconteciam as viagens para regiões próximas ou cidades vizinhas. Também fazia parte da minha rotina falar constantemente em inglês. Havia poucos brasileiros na ELC Bristol e eles estudavam na outra unidade, então eu tive uma imersão total do idioma, durante todo o tempo da minha estadia, o que foi muito bom para mim.

Você teve tempo para conhecer outras regiões do Reino Unido e da Europa?

Meu 1º mês foi de adaptação e preferi não viajar para conhecer melhor o local e ter um inglês melhor. Depois conheci a Mari, uma estudante brasileira que queria conhecer outro país. Escolhemos então a Itália pois era um país mais acessível. Conhecemos Roma e todas as atrações da cidade. Já próximo a Bristol, conheci várias cidades. Fui a Bath, a Cardiff, no País de Gales; fiz um safári, em Longleat. Se você tem tempo para ficar e fazer as viagens, vale muito a pena, porque não é caro. Você só precisa incluir as viagens ao seu orçamento, com antecedência.

Paola Alexandre ELC Bristol

Em Londres, na Plataforma 9 3/4

Destas regiões que você conheceu, de quais você gostou mais e por quê?

Meu sonho sempre foi o de conhecer a Inglaterra, conhecer Londres. Eu visitei Londres 2 vezes. Na 1ª fui com meus colegas de classe, de Taiwan e da Tailândia. Fizemos um tour pela cidade e visitamos vários pontos turísticos. Foi uma viagem linda e o momento mais bonito aconteceu durante um passeio de barco. Era fim de tarde e durante o pôr do sol, maravilhoso, me senti muito grata aos meus pais, que me proporcionaram esta experiência. Na 2ª visita, desta vez com a escola, fui com o único propósito de conhecer a Plataforma 9 3/4, de Harry Potter, que também era o meu sonho. Numa viagem de 3 meses conheci muito mais lugares do que a minha vida inteira.

Durante a sua estadia em Bristol você sentiu um aprimoramento cultural e na fluência do idioma inglês?

Senti demais! É uma imersão total e você aprende a ser educado, de verdade. Você aprende a respeitar as diferenças culturais e só convivendo, com outras culturas, você realmente vai entender o que é respeitar essas diferenças. Você aprende a ser tolerante e compreende que as pessoas são diferentes umas das outras. Meus conhecimentos gerais se expandiram muito e, o que é melhor, hoje posso falar sobre vários assuntos e experiências, tanto em português quanto em inglês. Em geografia também. Durante este período conheci outras culturas, das asiáticas às europeias. Entrei em contato com muita gente bacana, alegre e de mente aberta. Vivi novas situações, das mais diversas. Até as mais simples eram grandiosas. Meu aprimoramento cultural foi engrandecedor.

Você acabou de chegar ao Brasil, mas já é possível dizer qual foi sua pior experiência?

Minha pior experiência foi a viagem de ida. Eu estava muito apreensiva, fazendo minha primeira viagem para o exterior, sozinha, com conexões e com muitos contratempos. Perdi minha conexão para Bristol e minha maior mala foi extraviada. Graças aos conselhos da Central do Estudante coloquei algumas peças também na mala de mão, o que meu salvou. Sem dúvida foi o pior momento.

E a melhor?

Eu não sei escolher o meu melhor momento, não sei mesmo. Acho que os pontos principais foram a ELC Bristol, que tem uma didática maravilhosa, com professores sensacionais. A 2ª casa de família onde fiquei e me fez ficar feliz o tempo todo, me dando atenção e carinho. E as pessoas que conheci, principalmente os meus colegas de curso, que me ensinaram sobre a cultura deles. Juntos nos divertimos e vivemos momentos maravilhosos. Ao final, esta foi a melhor experiência da minha vida sem sombra de dúvidas.

Paola Alexandre ELC Bristol

Em Roma, jogando moedinha na Fontana de Trevi, para garantir a próxima viagem

Qual conselho você daria para o estudante que quer estudar fora?

Vá consciente de que você estará em contato com uma cultura diferente. A gente acha que está preparado, mas não estamos. Entregue-se totalmente a esta viagem. Pode dar medo, saudade, uma certa tristeza por estarmos longe de casa, mas isso é normal. Vá de mente aberta para viver cada segundo. Saia muito, pois ajuda a espantar a saudade. Faça parte dos programas sociais da ELC Bristol e aproveite cada instante como um instante de aprendizado. Vá ao cinema com os novos amigos, faça programas simples, como sentar em uma mesa de bar, na calçada, num dia de sol, só para jogar conversa fora. Fale inglês o tempo todo, mesmo com os brasileiros que encontrar. Intercâmbio não é uma viagem de férias, mas sim de aprendizado. Cumpra este propósito e faça valer o investimento que seus pais fizeram em você.

Você pensa em fazer outros cursos no exterior?

Com certeza! Eu pretendo fazer outros cursos, ainda não sei para onde, mas vou fazer sim.